Depois de ler o post “CRIANÇA”, da autoria da Ana Martins, no blog “SEMPRE JOVENS”, fiquei a sentir o que eu própria penso sobre as crianças. Especialmente sobre as crianças muito jovens, como a que está retratada na imagem que tão bem ilustra o poema.
Sinto tudo aquilo que está escrito no poema, como se tivesse sido escrito por mim.
Observo o olhar da criança retratada e encontro lá a inspiração para as palavras.
Porém, não consigo evitar de pensar em tantos olhares tristes de tantas crianças que sofrem.
Ocorrem-me ao pensamento as imagens que frequentemente aparecem na televisão. Nem preciso enumerar…, todos as conhecemos, infelizmente.
É frequente ficar com vontade de as abraçar, acarinhar e proporcionar-lhes todo o conforto físico e emocional que se vê nos seus olhinhos que tanto precisam.
Penso nas crianças que estão em “lares”, à espera de um lar verdadeiro, de uma família que as adopte.
Quando mostram imagens dessas crianças, leio-lhes tristeza no olhar. A tristeza de quem não tem tanto colo como precisa.
Um vazio profundo. Como profunda é a dor de não compreenderem porque ninguém as quer.
Fico cheia de vontade de adoptar, pelo menos uma. De a trazer para o seio de uma família que a ame como precisa, para crescer e ser feliz.
Infelizmente não o posso fazer. Não actualmente. No futuro…, quem sabe?
Seja como for, uma coisa que eu tenho intenção de fazer, embora não saiba se me deixam e como serei recebida, é ir visitar regularmente um ou mais desses lares e estar algum tempo com as crianças. Dar-lhes atenção, dar-lhes colo, ler-lhes histórias, cantar-lhes, abraçá-las…, enfim dar-lhes um pouco do amor que tenho para oferecer.
Terei que reorganizar a minha agenda e certamente deixar outras coisas por fazer, mas tenho a certeza que me sentirei muitíssimo bem com isso.
A Fénix é um pássaro da mitologia grega e egípcia que quando morria entrava em auto-combustão e passado algum tempo renascia das próprias cinzas. Outra característica da Fénix é sua força que a faz transportar em voo cargas muito pesadas. A vida longa da Fénix e o seu dramático renascimento das próprias cinzas transformaram-na em símbolo da imortalidade e do renascimento espiritual.
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«Mesa dos sonhos»
Ao lado do homem vou crescendo
Defendo-me da morte quando dou
Meu corpo ao seu desejo violento
E lhe devoro o corpo lentamente
Mesa dos sonhos no meu corpo vivem
Todas as formas e começam
Todas as vidas
Ao lado do homem vou crescendo
E defendo-me da morte povoando
de novos sonhos a vida.
---------------------
Eça de Queirós
em "As Farpas" 1871
O país perdeu a inteligência e a consciência moral.
Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada.
Os caracteres corrompidos.
A prática da vida tem por única direcção a conveniência.
Não há princípio que não seja desmentido.
Não há instituição que não seja escarnecida.
Ninguém se respeita.
Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos.
Alguns agiotas felizes exploram.
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia.
O povo está na miséria.
Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.
O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo.
A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências.
Diz-se por toda a parte: o país está perdido!"
---------------------
Fernando Pessoa
ANÁLISE
Tão abstrata é a idéia do teu ser
Que me vem de te olhar, que, ao entreter
Os meus olhos nos teus, perco-os de vista,
E nada fica em meu olhar, e dista
Teu corpo do meu ver tão longemente,
E a idéia do teu ser fica tão rente
Ao meu pensar olhar-te, e ao saber-me
Sabendo que tu és, que, só por ter-me
Consciente de ti, nem a mim sinto.
E assim, neste ignorar-me a ver-te, minto
A ilusão da sensação, e sonho,
Não te vendo, nem vendo, nem sabendo
Que te vejo, ou sequer que sou, risonho
Do interior crepúsculo tristonho
Em que sinto que sonho o que me sinto sendo.
Fernando Pessoa, 12-1911
---------------------
Nem Sempre Sou Igual
Nem sempre sou igual no que digo e escrevo.
Mudo, mas não mudo muito.
A cor das flores não é a mesma ao sol
De que quando uma nuvem passa
Ou quando entra a noite
E as flores são cor da sombra.
Mas quem olha bem vê que são as mesmas flores.
Por isso quando pareço não concordar comigo,
Reparem bem para mim:
Se estava virado para a direita,
Voltei-me agora para a esquerda,
Mas sou sempre eu, assente sobre os mesmos pés
O mesmo sempre, graças ao céu e à terra
E aos meus olhos e ouvidos atentos
E à minha clara simplicidade de alma ...
Alberto Caeiro
O Guardador de Rebanhos
---------------------
Luis Vaz de Camões
Amor é...
Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
«Mesa dos sonhos»
Ao lado do homem vou crescendo
Defendo-me da morte quando dou
Meu corpo ao seu desejo violento
E lhe devoro o corpo lentamente
Mesa dos sonhos no meu corpo vivem
Todas as formas e começam
Todas as vidas
Ao lado do homem vou crescendo
E defendo-me da morte povoando
de novos sonhos a vida.
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em "As Farpas" 1871
O país perdeu a inteligência e a consciência moral.
Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada.
Os caracteres corrompidos.
A prática da vida tem por única direcção a conveniência.
Não há princípio que não seja desmentido.
Não há instituição que não seja escarnecida.
Ninguém se respeita.
Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos.
Alguns agiotas felizes exploram.
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia.
O povo está na miséria.
Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.
O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo.
A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências.
Diz-se por toda a parte: o país está perdido!"
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ANÁLISE
Tão abstrata é a idéia do teu ser
Que me vem de te olhar, que, ao entreter
Os meus olhos nos teus, perco-os de vista,
E nada fica em meu olhar, e dista
Teu corpo do meu ver tão longemente,
E a idéia do teu ser fica tão rente
Ao meu pensar olhar-te, e ao saber-me
Sabendo que tu és, que, só por ter-me
Consciente de ti, nem a mim sinto.
E assim, neste ignorar-me a ver-te, minto
A ilusão da sensação, e sonho,
Não te vendo, nem vendo, nem sabendo
Que te vejo, ou sequer que sou, risonho
Do interior crepúsculo tristonho
Em que sinto que sonho o que me sinto sendo.
Fernando Pessoa, 12-1911
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Nem Sempre Sou Igual
Nem sempre sou igual no que digo e escrevo.
Mudo, mas não mudo muito.
A cor das flores não é a mesma ao sol
De que quando uma nuvem passa
Ou quando entra a noite
E as flores são cor da sombra.
Mas quem olha bem vê que são as mesmas flores.
Por isso quando pareço não concordar comigo,
Reparem bem para mim:
Se estava virado para a direita,
Voltei-me agora para a esquerda,
Mas sou sempre eu, assente sobre os mesmos pés
O mesmo sempre, graças ao céu e à terra
E aos meus olhos e ouvidos atentos
E à minha clara simplicidade de alma ...
Alberto Caeiro
O Guardador de Rebanhos
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Luis Vaz de Camões
Amor é...
Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
GALERIA DE IMAGENS
Em homenagem aos que sofrem por causa do Cancro
Ofereço a todos os meus amigos e visitantes o código do laço rosa reluzente.
<img src="http://docs.google.com/File?id=dc6xjkpj_108hf3fq5gs_b"/>
Ofereço a quem a quiser levar
Código para copiar e colar em modo HTML:
<img src="http://docs.google.com/File?id=dc6xjkpj_2657dffpxz7w_b"/>
Código HTML do selo para o Dia da Mulher em tamanho pequeno:
<img src="http://docs.google.com/File?id=dc6xjkpj_2659c29qqwc7_b"/>
Ofertas da amiga Isabel do blogue Artista Maldito
Recebi estes selos sem qualquer regra para a sua re-atribuição.
Portanto sirvam-se meus amigos.
Levem os que vos agradarem para colorir as vossas "casas".
São ofertas do coração, tal como as recebi, com o coração.
Bem hajas amiga Isabel
Portanto sirvam-se meus amigos.
Levem os que vos agradarem para colorir as vossas "casas".
São ofertas do coração, tal como as recebi, com o coração.
Bem hajas amiga Isabel
4 comentários:
Deve ser uma das coisas mais tristes: o olhar de uma criança triste... Quando falo em crianças tristes e desamparadas, não consigo deixar de pensar igualmente nas pessoas idosas, tanto ou mais tristes e desamparadas que essas crianças...
lélé,
É bem verdade. Acho até que os olhares dos velhos que estão sós são ainda mais tristes…, e choram lágrimas silenciosas…, o que me dói imenso.
Mas apesar de tudo os olhares dos velhos não são vazios. Estão cheios de recordações e vivências. Cheios de imagens de outros tempos, melhores tempos.
Cabe-nos a nós fazer por mudar todas, ou algumas dessas situações. Sejam crianças ou velhos.
Também devemos pensar em preparar a nossa própria velhice. Devemos manter-nos com a melhor saúde possível. Quer do corpo, quer da alma. Devemos rodear-nos de paz, amor e carinho. Procurar os amigos e mimá-los e abraça-los, sem vergonhas ou medos de ser ridículos.
Quanto mais damos, mais recebemos e é aquilo que vivemos e recebemos em sentimentos de amor e carinho que serão as nossas memórias. Que estarão nos nossos pensamentos e no fundo dos nossos olhos, se tivermos a sorte de chegar a velhos.
Abraço
Olá Fenix,
você deve ser uma pessoa muito doce.
Faz muito bem em falar dessas crianças desprotegidas que não têm lar, nem pais e muitas vezes não têm mesmo ninguém... Vagueiam desamparadas, sós e tristes.
Infelizmente há muitas crianças assim por este mundo fora.
Eu também penso muito nessas crianças, e é por pensar muito nelas e por ter adorado o seu post, que aqui lhe deixo um poema dedicado a essas crianças.
MENINO DA RUA
No olhar tristeza pura,
No rosto infância esquecida
Nas mãos pequeninas e sujas
O vazio da vida.
Ser desprotegido
Sovado pelo destino,
Sem pão, sem ensino,
Sem amor e carinho.
Menino do Sol,
Da chuva, do vento,
Menino do tempo.
Os sonhos que trazes
Na alma ferida
São filmes audazes
Das noites perdidas.
Para ti a esperança
É como uma bola de neve,
Que nos sonhos cresce, dança
E ao acordar derrete.
Menino da rua
Quem sabe um dia
Tenhas uma vida
Plena de ternura,
Amor e alegria.
Ana Martins
Beijinhos com votos de um Santo Natal.
Ana Martins,
MUITO, MUITO OBRIGADA!
Nem sei o que dizer…
Ao ler o poema fiquei com lágrimas nos olhos…
Adorei as suas palavras para comigo e o seu gesto, em me oferecer o poema, mas o que mais me toca são as palavras sobre “os meninos da rua”.
É triste…, tão triste…
Um excelente Natal é o que lhe desejo!
E oxalá possamos todos fazer alguma coisa para subtrair meninos à rua.
Beijinhos
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