domingo, 22 de novembro de 2009

Encontros e Desencontros (parte II)


(continuação de Encontros e Desencontros)

Naquele momento, de grande surpresa, instintivamente quase chamou pelo seu nome mas…, conteve-se. Voltou a baixar os olhos para o ecrã do seu próprio PC, fingindo-se muito concentrada…, mas quem a observasse veria que abria e fechava programas ao acaso, subia e descia janelas… estava completamente perdida nos seus pensamentos, enquanto o ia espreitando, furtivamente…, receosa nem sabia bem do quê…

O coração batia mais depressa… a respiração tornou-se mais difícil, os pensamentos fugiam em todas as direcções…

Tinha que ser rápida a tomar uma decisão… estavam num aeroporto, certamente ele também estaria de saída, poderia ir-se embora a qualquer instante e ela perderia a oportunidade de lhe falar…, mas…

E se não fosse ele…?
E se fosse alguém muito parecido?

Há pessoas muito parecidas! Já havia passado muito tempo desde que o vira pela última vez… ele estava muito diferente…, poderia estar enganada…!

Teria que o observar mais atentamente, mas era bastante difícil, estando ele com o rosto completamente escondido atrás do PC…

Demorou-se no cabelo… agora grisalho. Recordava-o bem negro e mais curto do que estava agora…, mas tudo isso era facilmente explicável: Já tinham idade para ter o cabelo grisalho e o tamanho poderia revelar apenas falta de tempo para ir cortá-lo…, ou uma alteração de gostos. Mas sim…, lá estava um jeito natural do cabelo, em determinado local, que lhe era familiar…

Sorria, de si para si…, quando é interrompida por um sinal sonoro avisador da recepção de correio electrónico.
Apressou o olhar em direcção ao ecrã mas…, nada, nem sequer tinha o programa de correio electrónico aberto…!

Voltou aos seus pensamentos e observações…
Ele tinha parado de escrever no PC e recostara-se para trás, enquanto olhava o ecrã. Mantinha a mão direita no teclado, mas pousara a mão esquerda estendida, em repouso, sobre a mala do PC, que estava ao seu lado.
A forma como pousara a mão…, como os dedos ficaram nessa posição de repouso…, trouxe-lhe à memória uma série de recordações há muito esquecidas…

Os dedos ficavam dispostos de uma forma muito peculiar…, nunca conhecera mais ninguém assim. Recordava-se de no passado lhe ter falado sobre isso e o ter tentado imitar, mas sem sucesso. Porém continuara sempre a tentar e acabara por conseguir…, muito depois de ter deixado de o ver.

Sim, eram as mãos dele!

Ele tinha agora o rosto completamente visível e sorria abertamente, ao ler algo no PC. Não havia dúvida de que o sinal sonoro tinha vindo do PC dele, tinha sido ele que havia recebido um e-mail e, pelos vistos era engraçado…!

Ainda bem! Porque isso dera-lhe a oportunidade, não só de lhe ver o rosto como de o ver sorrir… e aquele sorriso era inconfundível!

Tinha a certeza de que era ele, o seu melhor amigo de há muitos anos atrás, mas…, tinha hesitado… em falar-lhe… tinha resistido ao impulso inicial e agora estava nervosa…

Como será que ele reagiria?
Ao fim de tantos anos, sem contacto?

Tentou recordar-se como e porquê haviam perdido o contacto mas…, naquele momento, nenhuma razão lhe ocorria…
Não se lembrava que se tivessem alguma vez zangado, nem sequer aborrecido.
Como podia ter perdido o contacto com ele?
Porque nunca o procurara?
E que pensaria ele disso?

Na verdade ele também nunca a havia procurado…, se calhar não estava interessado em retomar o contacto.
Mas porque não estaria?
Tinham sido bons amigos...

Como seria bom se pudesse sondá-lo à distância… fazer uma aproximação suave… não o submeter à surpresa de ter que responder de imediato… a alguém saído do nada… de um passado distante e de repente ali sentada à sua frente…

Porque nunca se tinha lembrado de o procurar na internet?
Com tantas redes sociais e tantos e tão poderosos motores de busca de certo que o teria encontrado. Não se recordava do seu nome completo…, era muito extenso…, mas lembrava-se do suficiente…

Então e se o fizesse agora?
Tinha ali o seu PC, à disposição. Tinha acesso a internet… e ele também…!
Ali mesmo, frente a ele, poderia enviar-lhe um e-mail e ver a reacção dele ao recebe-lo…
Poderia avaliar pela sua expressão e pela rapidez de resposta se estaria interessado em retomar o contacto.

Não perdeu mais tempo em divagações e iniciou imediatamente a pesquisa…
Primeiro e último nome… milhares de resultados… abriu uma boa dezena deles, mas nenhum correspondia.

Nova pesquisa, agora com três nomes… umas centenas de resultados… abriu todos os links da primeira página e… nada…

Começava a desmoralizar… não se lembrava dos nomes do meio… mas não desistiu…
Decidiu refinar a pesquisa apenas a Portugal e, logo no primeiro link da lista, bingo! Lá estava um registo, numa rede social para divulgação profissional e… até tinha fotografia…!
A fotografia já tinha uns anos… mas era ele!

Enviou-lhe uma mensagem, dizendo quem era e perguntado se ele se recordava dela. Não tardou muito que ouvisse o sinal sonoro avisador de nova mensagem, vindo do PC dele.

Entretanto ele havia retomado o trabalho no PC e ela já não lhe via o rosto.
No entanto, percebeu uma interrupção no ritmo da escrita e supôs que ele tivesse interrompido o que estava a escrever para ler o e-mail.

Não lhe conseguia ver a expressão facial…, não sabia se ele estaria realmente a ler um e-mail e muito menos se seria o que ela acabara de lhe enviar…, não podia observar a reacção…, como havia planeado…

Estava um pouco triste…

Ouviu novo sinal de mensagem e esforçou-se, ainda mais, por espreitar a reacção dele…, com muito cuidado… para que ele não se sentisse observado…
Mas nada…, desta vez ele não parou de escrever…, continuou atarefadamente como se nada fosse…

Começou a ficar desanimada…, teria que pensar noutra solução… teria que ganhar coragem para lhe meter conversa, ou desistir… passar mais umas décadas sem saber dele… ou nunca mais saber dele…

Não!
Agora que se tinha recordado dele, agora que o destino os tinha feito cruzar novamente, não desistiria!
Talvez aquele endereço de e-mail já não funcionasse. Voltou a olhar para o ecrã do seu PC disposta a procurar mais contactos dele e…, lá estava…!
O último sinal sonoro tinha sido o do seu próprio PC…!

Lá estava a resposta dele…!

(continua)

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Frase do dia para rir :-)))


Sexo casual é igual Bung Jump: a emoção é grande, mas se estourar a borracha você tá f*****!!!

ahahaha!

("roubado" daqui)

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Pensamento do dia…


"A gente nasce e morre só. E talvez por isso mesmo é que se precisa tanto de viver acompanhado".

Raquel de Queiroz, escritora, CE, 1910-2003


segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Pensamento do dia…


"Tolerar a existência do outro e permitir que ele seja diferente, ainda é muito pouco. Quando se tolera, apenas se concede, e essa não é uma relação de igualdade, mas de superioridade de um sobre o outro".

José Saramago, escritor, prémio Nobel da literatura de 1998, POR

O Caderno de Saramago

sábado, 14 de novembro de 2009

O vídeo proibido


Recebi a informação abaixo, por e-mail e, embora não seja fã do Michael Jackson, parece-me importante a sua divulgação. Pelo bem do nosso planeta!


O vídeo é do single de maior sucesso de Michael Jackson no Reino Unido, que não foi nem "Billie Jean", nem "Beat it", e sim a ecológica "Earth Song", de 1996.

A letra fala de desmatamento, sobrepesca e poluição, e, por um pequeno detalhe, talvez você nunca terá a oportunidade de assistir na televisão.
O Detalhe: "Earth Song" nunca foi lançada como single nos Estados Unidos, historicamente o maior poluidor do planeta. Por isso a maioria de nós nunca teve acesso ao clip.
Ou seja, o que não passa nos EUA, não passa no resto do mundo. Só mostram o que lhes interessa e só assistimos ao que eles querem.
Veja, então, o que os americanos nunca mostraram de Michael Jackson.
Filmado na Africa, Amazonia, Croácia e New York.
Emocionante!




Bom fim-de-semana para todos!

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Serviço de Citações

Descobri um serviço interessante, para quem goste de Citações...
Alguns exemplos...

Citações de Temas

Citações Soltas

Citações de Autores

domingo, 8 de novembro de 2009

O mistério dos comentários desaparecidos


Há cerca de um mês deixei de receber comentários no meu blogue principal, este, O Renascer da Fenix.
Assim, de repente, sem mais nem menos, foi como se o meu blogue tivesse desaparecido do mapa!

Eu tenho os blogues configurados para receber os comentários por email…, recebia muitos emails… mas nada de comentários!
Até continuei a receber comentários nos outros blogues, poucos, como é costume, mas neste..., nada…!

Aqui há dias, um amigo enviou-me um comentário a um dos meus posts por email. Eu…, agradeci mas demonstrei-lhe a estranheza por estar a comentar por email e não aqui, onde é habitual comentar. Vai daí que ele me responde que sim, que comentou aqui, que se lembrava perfeitamente que tinha aparecido o aviso “o seu comentário será publicado após aprovação do autor do blogue”!

Foi então que me lembrei que há algum tempo atrás tinha activado essa opção, numa tentativa de acabar com o “massacre” que estava a receber de comentários numa língua esquisita.
Já de outra vez eu tinha tido esta opção activa e continuei a receber os comentários por email. Era então que os aprovava (ou não) para aparecerem no blogue.
Desta vez, por algum motivo que desconheço (mas que deve ser algum erro meu), isso não aconteceu.

Parti então em busca dos comentários desaparecidos. Pelo menos daquele, que o meu amigo me garantiu ter deixado.
Lá os encontrei…, quase cinquenta (alguns eram dos tais, na tal língua esquisita)…, estavam no Painel de controlo do blogue!

E eu a pensar que de repente toda a gente tinha deixado de me visitar…!
Ou que me visitava mas não dizia nada!

Até fiquei envergonhada…!
Afinal os meus visitantes e tão generosos comentadores devem ter pensado o mesmo de mim… que não lhes dava importância… nem sequer publicava os comentários!

Isto é com certeza consequência da minha distracção e também de andar muito ocupada, com inúmeras tarefas e preocupações. Não me serve de desculpa… é apenas uma justificação.

Já desactivei a aprovação de comentários, mas desta vez activei a verificação da palavra… para evitar os tais comentários estranhos.

A todos vós as minhas desculpas por andar tão distraída.
Obrigada pelas vossas visitas e comentários!

Beijinhos e bom resto de Domingo!

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Paixão !!!


Há coisas das quais se aprende a gostar...
E há outras de que se gosta imediatamente... que nos tocam...
Não há explicação, racional, por mais que se procure... é um estado de alma... é paixão!
Foi o que me aconteceu com a generalidade das músicas deste grupo, Within Temptation. Quando me foi dado a conhecer, tocou-me de imediato e, quanto mais ouço mais aumenta a paixão!

Ainda é mais agradável quando temos alguém com quem partilhar a paixão.
Agora mesmo, estava aqui a trabalhar quando me chegou o som vindo do quarto da minha filha. Chega da escola e uma das primeiras coisas que faz é ligar o PC e pôr a tocar Within Temptation. Depois vai acompanhando... a cantar. Canta muito bem (modéstia à parte) e já sabe de cor uma data de canções deste grupo.
Hoje a que se ouve é esta... Forgiven. É a que está a aprender nos últimos dias. Está quase perfeita!

domingo, 1 de novembro de 2009

Encontros e Desencontros

Saiu a correr da sala de conferências, onde o conferencista ainda respondia às questões da audiência.
Habitualmente ficava até a sala ficar vazia, ou quase. Ficava para ouvir as perguntas e as respostas, para colocar as suas questões, para apontar as suas conclusões.
Por vezes ficava mesmo para última, para poder questionar em particular.
Mas hoje era diferente!

Eram dezoito horas de dia trinta de Dezembro. Estava longe de casa, num país estranho.
Tinha passagem de avião reservada para as vinte e duas horas. Esperava-a uma longa viagem de doze horas, de avião!
Chegaria na véspera da passagem de ano, após dois longos meses de ausência. Após um ano, a seguir a outro, de muitas ausências, mais ou menos demoradas.
É verdade que só o marido a aguardava. Nunca tinha conseguido ter filhos, apesar de muito os desejar.
Tinha uma relação distante com a sua família e as amizades eram difíceis de manter e solidificar quando se anda sempre em viagem. Mesmo com o marido, a relação era distante, dir-se-ia que era mais de conveniência, como um último recurso, como um sítio para onde voltar.

Houvera tempos em que vivera rodeada de família e de amigos. Eram muitos, muito chegados, muito calorosos. Mas, sem saber bem como, foi-se afastando de toda a gente. Umas vezes para ficar com o marido, outras por razões profissionais.
Tinha seguido sempre em frente, corrido e saltado de desafio em desafio, como se nada a preenchesse por completo, como se nada fosse suficiente.

Viajava no Táxi, em direcção ao aeroporto, enquanto tudo isto lhe tomava, mais uma vez, os pensamentos. O trânsito estava lento, muito lento. Como se todos estivessem em corrida, tentando regressar ao lar antes de qualquer coisa...

No rádio do Táxi ouvia-se a previsão do tempo: “prevê-se uma descida acentuada de temperatura e um forte nevão, para as próximas vinte e quatro horas.”
Desejava que se enganassem. Isso poderia por em risco o seu voo de regresso a casa. Mas, olhando pela janela, o céu carregado não agoirava nada de bom.

Eram vinte horas quando finalmente se instalou numa das salas de espera, aguardando a hora do embarque.
Olhou pela janela…, lá fora era agora noite e estava uma estranha calma, nem uma brisa…
Um ambiente pesado, sob um céu espessamente nublado que reflectia todas as cores da cidade.

Sentou-se, instalou o PC portátil no colo e ligou-o. Enquanto esperava que ele arrancasse dedicou uns instantes a olhar em volta, para quem a rodeava.
Famílias de pai, mãe e filhos, carregados de bagagem; Iam viajar para se juntar a mais família e amigos. Via-se que estavam cansados, mas felizes! Lia-se-lhes excitação e ansiedade nos rostos. Os adultos de olhar no infinito e sorriso distante, antecipando sem dúvida com base em recordações, o reencontro caloroso. As crianças em alegre correria, despreocupadas com o amanhã…

Parecia que todos estavam suspensos…, completamente preenchidos com as suas vidas.
Também se viam alguns executivos, viajando sós, mas falando ao telemóvel sem parar. Completamente absorvidos nos seus trabalhos.

Finalmente o PC ficou pronto e ela dirigiu a sua atenção para o ecrã, à sua frente. Nesse momento viu-o…
Estava sentado mesmo à sua frente, embrenhado nas suas coisas, de rosto escondido atrás do ecrã do PC em que trabalhava apressadamente. Olhara momentaneamente para o lado, para uma criança que gritara pela mãe e isso deixou-lhe o rosto visível.

Era ele, sem dúvida! O seu melhor amigo dos tempos de estudante!


(continua)
Chegou ao fim das mensagens desta página?
Gostou do que viu?
Há muito mais para ver no arquivo deste blogue e nos meus outros blogues.

Aqui já em baixo está a lista de todas as mensagens deste blogue agrupada por temas. Para quem gosta do que vou escrevendo em verso têm os
Versos meus (com rima) e os Versos meus (sem rima). Para quem queira saber mais acerca de mim tem os Pedaços de Vidas Reais , etc.

Lá mais abaixo está o arquivo das mensagens deste blogue ordenadas por datas, a começar pelo princípiu, em Novembro de 2008. Foi um renascimento pois existiu (entre Julho e Outubro de 2008) um blogue que foi apagado.

Sinta-se convidado(a) a ver, ler, comentar.
Recebo e leio todos os comentários. Mesmo às mensagens antigas.

Seja bem vindo(a)!
:-)))

As apresentações (pps), os filmes, as músicas e outros ficheiros de outros formatos, como PDFs, DOCs e XLSs, publicados (ou não) nos meus blogues, vão também estando disponíveis no meu Skydrive.

O Citador

Citações de Temas Citações Soltas Citações de Autores

Homenagem a

Alexandre O’Neill

«Mesa dos sonhos»

Ao lado do homem vou crescendo
Defendo-me da morte quando dou
Meu corpo ao seu desejo violento
E lhe devoro o corpo lentamente
Mesa dos sonhos no meu corpo vivem
Todas as formas e começam
Todas as vidas
Ao lado do homem vou crescendo
E defendo-me da morte povoando
de novos sonhos a vida.


---------------------


Eça de Queirós

em "As Farpas" 1871

O país perdeu a inteligência e a consciência moral.
Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada.
Os caracteres corrompidos.
A prática da vida tem por única direcção a conveniência.
Não há princípio que não seja desmentido.
Não há instituição que não seja escarnecida.
Ninguém se respeita.
Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos.
Alguns agiotas felizes exploram.
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia.
O povo está na miséria.
Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.
O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo.
A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências.
Diz-se por toda a parte: o país está perdido!"


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Fernando Pessoa

ANÁLISE

Tão abstrata é a idéia do teu ser
Que me vem de te olhar, que, ao entreter
Os meus olhos nos teus, perco-os de vista,
E nada fica em meu olhar, e dista
Teu corpo do meu ver tão longemente,
E a idéia do teu ser fica tão rente
Ao meu pensar olhar-te, e ao saber-me
Sabendo que tu és, que, só por ter-me
Consciente de ti, nem a mim sinto.
E assim, neste ignorar-me a ver-te, minto
A ilusão da sensação, e sonho,
Não te vendo, nem vendo, nem sabendo
Que te vejo, ou sequer que sou, risonho
Do interior crepúsculo tristonho
Em que sinto que sonho o que me sinto sendo.
Fernando Pessoa, 12-1911


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Nem Sempre Sou Igual

Nem sempre sou igual no que digo e escrevo.
Mudo, mas não mudo muito.
A cor das flores não é a mesma ao sol
De que quando uma nuvem passa
Ou quando entra a noite
E as flores são cor da sombra.
Mas quem olha bem vê que são as mesmas flores.
Por isso quando pareço não concordar comigo,
Reparem bem para mim:
Se estava virado para a direita,
Voltei-me agora para a esquerda,
Mas sou sempre eu, assente sobre os mesmos pés
O mesmo sempre, graças ao céu e à terra
E aos meus olhos e ouvidos atentos
E à minha clara simplicidade de alma ...

Alberto Caeiro
O Guardador de Rebanhos

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Luis Vaz de Camões

Amor é...

Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?

GALERIA DE IMAGENS

Em homenagem aos que sofrem por causa do Cancro

Ofereço a todos os meus amigos e visitantes o código do laço rosa reluzente.

<img src="http://docs.google.com/File?id=dc6xjkpj_108hf3fq5gs_b"/>

Ofereço a quem a quiser levar


Código para copiar e colar em modo HTML:
<img src="http://docs.google.com/File?id=dc6xjkpj_2657dffpxz7w_b"/>

Código HTML do selo para o Dia da Mulher em tamanho pequeno:
<img src="http://docs.google.com/File?id=dc6xjkpj_2659c29qqwc7_b"/>

Ofertas da amiga Isabel do blogue Artista Maldito

Recebi estes selos sem qualquer regra para a sua re-atribuição.
Portanto sirvam-se meus amigos.
Levem os que vos agradarem para colorir as vossas "casas".
São ofertas do coração, tal como as recebi, com o coração.

Bem hajas amiga Isabel

Oferta da amiga Isabel do blogue Artista Maldito

Oferta da amiga Isabel do blogue Artista Maldito
Bem hajas Isabel

Oferta da amiga Isabel do blogue Artista Maldito

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Bem hajas Isabel

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Oferta da amiga Isabel do blogue Artista Maldito

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Bem hajas Isabel

Oferta do amigo do blogue MorTo Vivo

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Bam hajas Carlos

Oferta do amigo do blogue MorTo Vivo

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Bam hajas Carlos

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Bem hajas Carlos

Oferta do amigo do blogue MorTo Vivo

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Bam hajas Carlos

Oferta da amiga do blogue Compondo o Olhar...

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Bem hajas amiga

Oferta da amiga do blogue Compondo o Olhar...

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Bem hajas amiga

Oferta da amiga Mariazita

Oferta da amiga Mariazita
Bem hajas Mariazita

Oferta da amiga Mariazita

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Bam hajas Mariazita

Oferta da amiga do blogue "Pelos caminhos da vida."

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Bem hajas amiga

Oferta do amigo BOTINHAS

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