O Renascer da Fenix: Sejamos FELIZES!

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Sejamos FELIZES!

"Ninguém envelhece apenas por viver um certo número de anos. As pessoas envelhecem por abandonarem os seus ideais. Os anos fazem rugas na pele". Desistir do entusiasmo, porém, faz rugas na alma".

Radha Soami

Hoje recebi este pensamento por email.
Achei delicioso e fez-me lembrar uma música que um amigo me dedicou há algum tempo...

Always look on the bright side of life

Bem Hajas Amigo!
:-)

6 comentários:

Anónimo disse...: fantástico, é isso mesmo
sem tirar nem pôr; 11 de dezembro de 2008 às 11:13
Fenix disse...: dina,

Obrigada pela visita ao meu espaço e pelo comentário!

Volta sempre

Abraço; 11 de dezembro de 2008 às 15:31
A. João Soares disse...: Há meses ouvi uma conferência do Dr Nogueira Pinto em que se dizia velho, o que levantou um ruído de desacordo da assistência, na maioria mais idosos do que ele. Ele explicou que detesta a palavra idoso e prefere velho. Idoso é todo aquele que ao longo dos anos ainda não morreu, tem as tais rugas na pele. Velho é aquele que amadureceu, aprendeu com a experiência, alargou e elevou o seu ponto de vista, tornou-se sábio, veterano.
Pouco tempo antes, ouvi numa nossa televisão o actor brasileiro em entrevista dizer que o tratam por velho, com carinho e ele gosta e que quer ser mais velho, sinal de continuar a viver. Agora, já não está entre nós.
Mas há pessoas que não conhecem estas nuances das palavras e pronunciam «velho» com o tom odiento dos ignorantes insensíveis.
Na época actual, Portugal precisa de apreciar alguns dos seus velhos como, por exemplo, Adriano Moreira, Hermano Saraiva, Hernani Lopes, Manuel Jacinto Nunes, etc.
Quanto mais complexos são os problemas, mais vistas largas são necessárias para encontrar soluções que não pequem pelos mesmos erros do passado.
Beijos
João; 11 de dezembro de 2008 às 21:32
lélé disse...: Abandonar os ideais faz rugas na alma... Gostei!...
O que disse o A. João Soares também é muito interessante, no entanto, pelo menos aqui em Portugal, optou-se por dizer idoso em vez de velho, por ser mais politicamente correcto. Eu estou habituada a dizer velho/a e acho que tudo não passa de uma questão de "parole, parole, parole"... Importante mesmo é respeitar as pessoas, independentemente da idade.
Mas, voltando às rugas, ultimamente tenho andado com tantas na alma!... Sinto-me pouco velha e muuuito idosa...; 12 de dezembro de 2008 às 01:52
carteiro disse...: E não há espelho que nos faça ver a rugas na alma, não é? Estamos constantemente a ser enganados pela idade, não interessa o número que ela apresente. Se os números são menores, ansiamos por outros. Vice-versa. E acabamos por não nos preocupar com o que mais interessa: um bom envelhecimento da alma.; 12 de dezembro de 2008 às 02:51
Fenix disse...: A. João Soares,

Não posso estar mais de acordo!
Aliás, já o disse na resposta que acabei de dar a outro comentário seu, ao meu texto “Melancolia...”.
É uma pena deixar perder tudo o que os “velhos” têm para ensinar. Podemos aprender com os erros que cometeram, para não os repetirmos e cultivar os seus sucessos, para chegarmos mais além.
Qaunto a mim, o valor dos “velhos” não tem preço.

Abraço

lélé,

Não há dúvida que é mais uma questão de “parole, word, palavra, palabra...”.
O problema é que a maioria das pessoas não consegue “ver” para além das palavras. Nem das cambiantes dos seus significados e também não sabe entoar as palvras.
E o respeito pelas pessoas, seja qual for a sua idade ou condição, é algo que anda muito esquecido nos dias que correm, infelizmente!
Falta de valores...

Quanto às tuas rugas da alma..., não te preocupes..., vive a vida como deve ser vivida, plena de emoções, gosta de ti como és (seja lá como fores), vive cada dia como se fosse o último e verás que elas passam. É o lado bom das rugas da alma, são reversíveis.

Abraço

carteiro,

É isso mesmo: Temos que nos concentrar, principalmente, em proporcionar um BOM envelhecimento à nossa alma.
Porém, no que toca aos espelhos, permite-me discordar: Há muitos “espelhos” que nos permitem ver as rugas da nossa alma.
Os “espelhos” que reflectem as rugas (ou ausência delas) da alma, são as pessoas com quem convivemos, no mundo real e no mundo virtual também.
Se nos comportarmos de forma triste e deprimida há uma tendência natural para atrairmos outros igualmente tristes e deprimidos ou para afastar toda a gente, porque niguém gosta de estar sempre triste.
Se estivérmos alegres, bem dispostos e optimistas, transformamo-nos em autênticos imans. Atraímos os igualmente alegres porque gostam de se “espelhar” em nós e, atraímos os tristes porque anseiam por receber o reflexo da nossa felicidade, porque toda a gente precisa de ser feliz.
Não concordas comigo?

Abraço; 13 de dezembro de 2008 às 09:43

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Há muito mais para ver no arquivo deste blogue e nos meus outros blogues.

Aqui já em baixo está a lista de todas as mensagens deste blogue agrupada por temas. Para quem gosta do que vou escrevendo em verso têm os Versos meus (com rima) e os Versos meus (sem rima). Para quem queira saber mais acerca de mim tem os Pedaços de Vidas Reais , etc.

Lá mais abaixo está o arquivo das mensagens deste blogue ordenadas por datas, a começar pelo princípiu, em Novembro de 2008. Foi um renascimento pois existiu (entre Julho e Outubro de 2008) um blogue que foi apagado.

Sinta-se convidado(a) a ver, ler, comentar.
Recebo e leio todos os comentários. Mesmo às mensagens antigas.

Seja bem vindo(a)!
:-)))

Homenagem a

Alexandre O’Neill

«Mesa dos sonhos»

Ao lado do homem vou crescendo
Defendo-me da morte quando dou
Meu corpo ao seu desejo violento
E lhe devoro o corpo lentamente
Mesa dos sonhos no meu corpo vivem
Todas as formas e começam
Todas as vidas
Ao lado do homem vou crescendo
E defendo-me da morte povoando
de novos sonhos a vida.

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Eça de Queirós

em "As Farpas" 1871

O país perdeu a inteligência e a consciência moral.
Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada.
Os caracteres corrompidos.
A prática da vida tem por única direcção a conveniência.
Não há princípio que não seja desmentido.
Não há instituição que não seja escarnecida.
Ninguém se respeita.
Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos.
Alguns agiotas felizes exploram.
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia.
O povo está na miséria.
Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.
O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo.
A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências.
Diz-se por toda a parte: o país está perdido!"

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Fernando Pessoa

ANÁLISE

Tão abstrata é a idéia do teu ser
Que me vem de te olhar, que, ao entreter
Os meus olhos nos teus, perco-os de vista,
E nada fica em meu olhar, e dista
Teu corpo do meu ver tão longemente,
E a idéia do teu ser fica tão rente
Ao meu pensar olhar-te, e ao saber-me
Sabendo que tu és, que, só por ter-me
Consciente de ti, nem a mim sinto.
E assim, neste ignorar-me a ver-te, minto
A ilusão da sensação, e sonho,
Não te vendo, nem vendo, nem sabendo
Que te vejo, ou sequer que sou, risonho
Do interior crepúsculo tristonho
Em que sinto que sonho o que me sinto sendo.
Fernando Pessoa, 12-1911

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Nem Sempre Sou Igual

Nem sempre sou igual no que digo e escrevo.
Mudo, mas não mudo muito.
A cor das flores não é a mesma ao sol
De que quando uma nuvem passa
Ou quando entra a noite
E as flores são cor da sombra.
Mas quem olha bem vê que são as mesmas flores.
Por isso quando pareço não concordar comigo,
Reparem bem para mim:
Se estava virado para a direita,
Voltei-me agora para a esquerda,
Mas sou sempre eu, assente sobre os mesmos pés
O mesmo sempre, graças ao céu e à terra
E aos meus olhos e ouvidos atentos
E à minha clara simplicidade de alma ...

Alberto Caeiro
O Guardador de Rebanhos

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Luis Vaz de Camões

Amor é...

Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?