Gostava de estar a publicar aqui um texto contando uma das muitas histórias de que me vou recordando.
Também gostava de já ter escrito sobre as minhas avós e bisavós, tal como prometi que faria.
Porém não tem sido possível, por falta de tempo e pelo cansaço que me reduz da capacidade de escrever de forma inteligível.
Portanto, para não deixar este espaço com o post da véspera e para não voltar a publicar um filme, vou fazer um resumo das minhas últimas vinte e quatro horas. Não tem interesse nenhum, mas serve para publicar qualquer coisa e sempre ficam a saber mais um pouco de mim.
Ontem deitei-me por volta das duas horas da manhã e levantei-me às sete horas.
Ajudei a minha filha a preparar-se para a escola e tomei o pequeno almoço com ela. Uma taça de kefir e uma fatia de pão com mel e canela.
Fui trabalhar para (relativamente) longe, perto de uma hora de viajem, dependendo da velocidade. Quando posso gosto de andar depressa, mas também gosto de ver a paisagem e como não se aprecia bem a paisagem a cento e quarenta à hora…
Passei o dia a correr de computador para computador e de pessoa para pessoa. Fazendo manutenção, resolvendo problemas dos programas, esclarecendo dúvidas…
Andei nisto até às vinte e duas horas e trinta minutos.
Só interrompi às dez e trinta para ir à pastelaria beber um copo de leite, comer um palmier recheado e beber um café.
Nem sequer almocei. Limitei-me a comer duas sandes que levei de casa, enquanto saltitava de computador em computador e fui também bebendo o litro Kefir que levei.
Cheguei a casa perto das vinte e três e trinta, sem jantar e carregando um computador, para formatar e reinstalar. Tenho que ir levar e completar lá a instalação, amanhã.
É o que estou a fazer agora, enquanto escrevo ele está aqui ao lado a formatar.
Claro que os compromissos de trabalho, e outros, que tinha para amanhã..., “já eram”.
Lá vou ter que telefonar ou enviar email, a desculpar-me e mudar o que puder para quinta-feira.
E com os de quinta-feira deve vir a acontecer o mesmo, “tombam” para sexta.
O que vale é que ainda não tinha marcado nada para sexta-feira, senão lá ficava “sem” sábado!
É isto…, já são três e um quarto da manhã e ainda estou por aqui a trabalhar.
Não, não é sempre assim. Muitas vezes é mais leve. Embora trabalhe muitas horas, costumo ter tempo para comer e para outras actividades, como estar com a minha filha.
Mas também já tem sido pior!
De qualquer forma continuo a sentir-me grata por ter trabalho e por fazer com gosto aquilo que gosto!
Obrigada pela vossa atenção!
Acho que já não consigo visitar-vos e comentar-vos, mas ainda vou tentar responder aos vossos comentários em pelo menos alguns dos meus posts.
Sejam felizes!
A Fénix é um pássaro da mitologia grega e egípcia que quando morria entrava em auto-combustão e passado algum tempo renascia das próprias cinzas. Outra característica da Fénix é sua força que a faz transportar em voo cargas muito pesadas. A vida longa da Fénix e o seu dramático renascimento das próprias cinzas transformaram-na em símbolo da imortalidade e do renascimento espiritual.
quarta-feira, 25 de março de 2009
O meu dia...
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Aqui já em baixo está a lista de todas as mensagens deste blogue agrupada por temas. Para quem gosta do que vou escrevendo em verso têm os Versos meus (com rima) e os Versos meus (sem rima). Para quem queira saber mais acerca de mim tem os Pedaços de Vidas Reais , etc.
Recebo e leio todos os comentários. Mesmo às mensagens antigas.
Seja bem vindo(a)!
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Lá mais abaixo está o arquivo das mensagens deste blogue ordenadas por datas, a começar pelo princípiu, em Novembro de 2008. Foi um renascimento pois existiu (entre Julho e Outubro de 2008) um blogue que foi apagado.
Sinta-se convidado(a) a ver, ler, comentar.Recebo e leio todos os comentários. Mesmo às mensagens antigas.
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O Citador
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Homenagem a
Alexandre O’Neill
«Mesa dos sonhos»
Ao lado do homem vou crescendo
Defendo-me da morte quando dou
Meu corpo ao seu desejo violento
E lhe devoro o corpo lentamente
Mesa dos sonhos no meu corpo vivem
Todas as formas e começam
Todas as vidas
Ao lado do homem vou crescendo
E defendo-me da morte povoando
de novos sonhos a vida.
---------------------
Eça de Queirós
em "As Farpas" 1871
O país perdeu a inteligência e a consciência moral.
Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada.
Os caracteres corrompidos.
A prática da vida tem por única direcção a conveniência.
Não há princípio que não seja desmentido.
Não há instituição que não seja escarnecida.
Ninguém se respeita.
Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos.
Alguns agiotas felizes exploram.
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia.
O povo está na miséria.
Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.
O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo.
A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências.
Diz-se por toda a parte: o país está perdido!"
---------------------
Fernando Pessoa
ANÁLISE
Tão abstrata é a idéia do teu ser
Que me vem de te olhar, que, ao entreter
Os meus olhos nos teus, perco-os de vista,
E nada fica em meu olhar, e dista
Teu corpo do meu ver tão longemente,
E a idéia do teu ser fica tão rente
Ao meu pensar olhar-te, e ao saber-me
Sabendo que tu és, que, só por ter-me
Consciente de ti, nem a mim sinto.
E assim, neste ignorar-me a ver-te, minto
A ilusão da sensação, e sonho,
Não te vendo, nem vendo, nem sabendo
Que te vejo, ou sequer que sou, risonho
Do interior crepúsculo tristonho
Em que sinto que sonho o que me sinto sendo.
Fernando Pessoa, 12-1911
---------------------
Nem Sempre Sou Igual
Nem sempre sou igual no que digo e escrevo.
Mudo, mas não mudo muito.
A cor das flores não é a mesma ao sol
De que quando uma nuvem passa
Ou quando entra a noite
E as flores são cor da sombra.
Mas quem olha bem vê que são as mesmas flores.
Por isso quando pareço não concordar comigo,
Reparem bem para mim:
Se estava virado para a direita,
Voltei-me agora para a esquerda,
Mas sou sempre eu, assente sobre os mesmos pés
O mesmo sempre, graças ao céu e à terra
E aos meus olhos e ouvidos atentos
E à minha clara simplicidade de alma ...
Alberto Caeiro
O Guardador de Rebanhos
---------------------
Luis Vaz de Camões
Amor é...
Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
«Mesa dos sonhos»
Ao lado do homem vou crescendo
Defendo-me da morte quando dou
Meu corpo ao seu desejo violento
E lhe devoro o corpo lentamente
Mesa dos sonhos no meu corpo vivem
Todas as formas e começam
Todas as vidas
Ao lado do homem vou crescendo
E defendo-me da morte povoando
de novos sonhos a vida.
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em "As Farpas" 1871
O país perdeu a inteligência e a consciência moral.
Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada.
Os caracteres corrompidos.
A prática da vida tem por única direcção a conveniência.
Não há princípio que não seja desmentido.
Não há instituição que não seja escarnecida.
Ninguém se respeita.
Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos.
Alguns agiotas felizes exploram.
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia.
O povo está na miséria.
Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.
O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo.
A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências.
Diz-se por toda a parte: o país está perdido!"
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ANÁLISE
Tão abstrata é a idéia do teu ser
Que me vem de te olhar, que, ao entreter
Os meus olhos nos teus, perco-os de vista,
E nada fica em meu olhar, e dista
Teu corpo do meu ver tão longemente,
E a idéia do teu ser fica tão rente
Ao meu pensar olhar-te, e ao saber-me
Sabendo que tu és, que, só por ter-me
Consciente de ti, nem a mim sinto.
E assim, neste ignorar-me a ver-te, minto
A ilusão da sensação, e sonho,
Não te vendo, nem vendo, nem sabendo
Que te vejo, ou sequer que sou, risonho
Do interior crepúsculo tristonho
Em que sinto que sonho o que me sinto sendo.
Fernando Pessoa, 12-1911
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Nem Sempre Sou Igual
Nem sempre sou igual no que digo e escrevo.
Mudo, mas não mudo muito.
A cor das flores não é a mesma ao sol
De que quando uma nuvem passa
Ou quando entra a noite
E as flores são cor da sombra.
Mas quem olha bem vê que são as mesmas flores.
Por isso quando pareço não concordar comigo,
Reparem bem para mim:
Se estava virado para a direita,
Voltei-me agora para a esquerda,
Mas sou sempre eu, assente sobre os mesmos pés
O mesmo sempre, graças ao céu e à terra
E aos meus olhos e ouvidos atentos
E à minha clara simplicidade de alma ...
Alberto Caeiro
O Guardador de Rebanhos
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Luis Vaz de Camões
Amor é...
Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
GALERIA DE IMAGENS
Em homenagem aos que sofrem por causa do Cancro
Ofereço a todos os meus amigos e visitantes o código do laço rosa reluzente.
<img src="http://docs.google.com/File?id=dc6xjkpj_108hf3fq5gs_b"/>
Ofereço a quem a quiser levar
Código para copiar e colar em modo HTML:
<img src="http://docs.google.com/File?id=dc6xjkpj_2657dffpxz7w_b"/>
Código HTML do selo para o Dia da Mulher em tamanho pequeno:
<img src="http://docs.google.com/File?id=dc6xjkpj_2659c29qqwc7_b"/>
Ofertas da amiga Isabel do blogue Artista Maldito
Recebi estes selos sem qualquer regra para a sua re-atribuição.
Portanto sirvam-se meus amigos.
Levem os que vos agradarem para colorir as vossas "casas".
São ofertas do coração, tal como as recebi, com o coração.
Bem hajas amiga Isabel
Portanto sirvam-se meus amigos.
Levem os que vos agradarem para colorir as vossas "casas".
São ofertas do coração, tal como as recebi, com o coração.
Bem hajas amiga Isabel
11 comentários:
Com dias assim o tempo fica mesmo reduzido para qualquer outra coisa que não seja trabalho!! Mas felizmente que há trabalho...beijinhos.
BOM DIA:))
Uma lufa-lufa, mas haja trabalho, não é?
Amiga São, tens na minha lapela os meus selinhos, um é todo azul, como o infinito céu.
Quando puderes e se puderes estão lá à tua espera. Não fogem, primeiro as obrigações e depois as devoções, como se costuma dizer.
E bom trabalho, que haja saúde, o melhor bem que se pode ter.
Beijinhos
Isabel
Vida preenchida... :)
Os computadores têm cada gato! lol
Beijinho
A vida devia ser menos penosa... afinal, todos devíamos ter direito a usufruir dos sorrisos da nossa família e não ficar com cabelos brancos com o trabalho que nos consome por dentro e por fora...
beijinhos e força!
Amiguinha São
Fazes-me tão feliz com as tuas gargalhadas!
Tudo farei para que continues a divertir-te com as vindas a este espaço.
Obrigado, minha amiga.
Abraço fraterno + beijinhos
Botinhas
Como custa a ganhar o pãozinho de cada dia!. Eu fiquei cansado...só de ler. Um beijo e descansa um pouco.
Ufa...que dias atribulados...mas ao menos já fiquei a saber mais alguém a fazer umas perguntinhas de vez em quando sobre o meu pc...:P
kefir...agora fizeste-me lembrar uma das minhas colegas de casa quando andava a estudar. Ela tem intolerancia à lactose e era isso que ela bebia. O bicharoco (ela odiava que eu o tratasse assim...loooool) estava lá sempre em cima da bancada...:)
bjitos e espero que consigas descansar no fim de semana...bem precisas
Gostei bastante do teu blog. Parabéns!
Beijocas
Como dizia uma personagem de novela brasileira "o tempo ruge e essa porcaria é grande"...
É provável que, a trabalhar dessa maneira, o teu próximo intervalo seja (oxalá!) na sexta-feira à noite, portanto, desejo-te um bom fim de semana...
Muito, muito obrigada a todos pela vossa presença e comentários solidários!
Lilipat, dispôe!
Beijinhos
Para cima ficaram os solidários ...
Posso ser irreverente?
Pois claro que posso, que quem cala consente.
Então diga-me lá, ou explique-me o que quer dizer com isto que escreveu:
" Fui trabalhar para (relativamente) longe, perto de uma hora de viajem, dependendo da velocidade."
Já sei que era relativamente perto do longe.
Mas não foi isso que me levou a escrever.
É que todos os dias, coincidentemente e por coincidência tomo uma chávena de kefir.
Já a torrada com mel e canela, como só quero viver até aos 100 anos, dispenso-a.
Não é por motivo nenhum em especial.
Deito-me de manhã e normalmente sou eu que faço o almoço.
Levanto-me tarde e não consigo comer quase em cima da refeição.
Já agora vou falar sobre o meu kefir.
Lavo-o em água morna corrente, TODOS OS DIAS, num passador de rede de aço inox, que é só para isso.
Faço-o com leite magro.
Também o frasco, daqueles pequenos de compotas que tinham uma cinta metálica e fechavam hermeticamente com uma borracha.
Só tenho o que é vidro, a cinta de borracha e o fecho metálico desapareceram porque não fazem falta.
Sente-se bem com o kefir?
Fá-lo líquido ou parecido com o iogurte.
Não necessita de responder ... porque eu também dificilmente ia modificar os hábitos.
Só faço uma chávena de kefir ... por noite, para tomar quando me levanto.
Quando vou de férias congelo-o, dentro do leite, como é lógico.
Tomo-o há mais de 30 anos ... mas não acredito nele.
Vou morrer como todos.
Desculpe e intromissão.
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