Se eu fosse uma planta seria um Cacto!

Gosto de cactos!
Sempre gostei e quanto mais conheço, a eles e a mim própria, mais gosto.
Eu sei que o gosto por estas plantas pode ser uma questão polémica. A sua beleza não salta à vista, têm picos, etc., etc., etc.
Um sem número de coisas podem ser apontadas para as rejeitar como planta de estimação. No entanto, eu sempre as admirei e tenho por elas um enorme respeito. Podem não ser muito bonitas, embora eu as considere bonitas, mas são resistentes!
Uma verdadeira lição de sobrevivência e de capacidade de vencer dificuldades!
Para além de que, muitas delas nos servem de medicamento natural, como é o caso do Aloe Vera.
Eu sempre gostei de me fazer acompanhar por (pelo menos) um cacto. Durante o meu tempo de estudante universitária, vivi sempre em residências universitárias e mudei muito! Mas tive quase sempre comigo o meu cacto Echinopsis - Blüte von der Seite, a que chamava carinhosamente o meu “cacto bola”.

Vivemos várias aventuras juntos.
A primeira de que me recordo, foi quando ele caiu do parapeito da janela do meu quarto num terceiro andar. Eu queria que ele apanhasse Sol, mas o parapeito era muito estreito!
Temi pela sua vida mas, provando mais uma vez a grande resistência dos cactos, nada lhe aconteceu. O vaso ficou em fanicos!
Noutra ocasião, após mais uma mudança de residência, por falta de tempo demorei a desempacotar as coisas e o cacto ficou fechado durante duas semanas dentro de um saco plástico! Mais uma vez, nada lhe aconteceu.
Por fim, num período muito complicado, tive que abdicar do cacto, que entreguei aos cuidados da minha mãe.

Ainda não há muito tempo, a minha mãe ofereceu-me um pequeno cacto de uma variante do cacto Aloe, o Aloe arborescens. Este cacto produz uma flor linda, por alturas do Natal e por isso é também conhecido por Aloe do Natal ou Cacto do Natal.

(foto gentilmente cedida por Fernando Jesus)

Deu-se lindamente comigo, como sempre acontece com os cactos e rapidamente se reproduziu e se transformou num belo espécime com uns 40cm de altura!
Eu e a minha filha estávamos encantadas!
Mas o encanto não contagiou todos cá em casa, infelizmente, pelo que tive que me desfazer do cacto. (Conservei um pequeno filhote :-))) )
Desta vez não o entreguei de volta à minha mãe, para ela não ficar triste.
Na zona onde moro existem alguns pequenos canteiros públicos, abandonados, mas protegidos de veículos e transeuntes. Foi num deles que decidi dar a liberdade ao meu cacto Aloe arborescens.
Temi pela sua vida, porque ele estava habituado a estar protegido em casa. Inicialmente perdeu quase todas as folhas, mas sobreviveu!
Neste fim de semana fui visitá-lo. Tem novos filhotes, lindos, verdes, carnudos!
Mais uma lição de sobrevivência e adaptação!
E até uma raiz de planta de Incenso que eu julgava morta e que foi na terra, juntamente com o cacto, rebentou e tem lindas folhinhas verdes!
Estou muito contente!


(Oferta da amiga Mariazita)