O Renascer da Fenix: Adorações I

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Adorações I

Tenho passado o dia a trabalhar, mas com o olhar a fugir-me para a contemplação da vidraça…
Todo o dia a chuva tem batido na vidraça, ora forte, ora fraca, ora escorrendo, ora deixando apenas pequenos brilhantes que se demoram pelos vidros…
Não resisti mais!
Acabei de ir à janela!
Abri-a, coloquei a cabeça de fora e deixei-me ficar a sentir a carícia das pequenas gotas contra o meu rosto…

Que maravilha que é poder desfrutar da Natureza!

13 comentários:

Alberto Oliveira disse...: ... bom, isso no mínimo pode dar o início a uma constipação desagradável mas tu lá sabes as linhas com que te coses, que quem não punha a cabeça de fora da janela estando a chover era eu...

Eu sei. Não sou nada o género do romântico-contemplativo...

Passei por aqui vindo da minha velha (salvo seja!) amiga Lélé e como um pedido dela é uma ordem (risos) aqui venho deixar-te os meus parabéns (tão atrasados como os que lhe deixei a ela mas nestas coisas, comigo não há nada a fazer: ou por outra, é perdoarem-me e... agradecer.) que a minha cabeça já não é o que era...

abraço e sorrisos.; 22 de janeiro de 2009 às 18:11
António Sabão disse...: Ai a Natureza! :)))))
Beijinhos; 22 de janeiro de 2009 às 18:19
mfc disse...: Há dias em que ela ( a chuva) nos lava a alma!; 22 de janeiro de 2009 às 18:56
Paula Raposo disse...: A natureza é uma fonte inesgotável de prazer. Beijos.; 22 de janeiro de 2009 às 19:43
Ana Matias disse...: Parabéns pelo blog!
Adorei!
Além de ser fonte inesgotável de prazer, a natureza ainda nos dá de presente a inspiração!
Beijos!; 22 de janeiro de 2009 às 20:00
Maria Clarinda disse...: Vim pela primeira vês ao teu espaço e adorei.
Gostei deste post, é realmente maravilhosa a Mãe Natureza, mas eu pessoalmente não gosto desta chuva ...adoro a chuva aquela que cai com força, conm relâmpagos ,trovões, que quente bate no nosso corpo e deixa a terra com o cheiro único de terra molhada.Que saudades!
Jinhos muitos e parabéns pelo dia de ontem....um passarinho já me tinha contado que fazias anos...rs; 22 de janeiro de 2009 às 20:17
Unknown disse...: desfrutar da Natureza é um dos prazeres que não consgo abdicar!

Beijinhos,
Ana Martins; 22 de janeiro de 2009 às 21:02
Lita disse...: Fiz o mesmo quando estava a sair do trabalho. Fechei o guarda-chuva e fiquei a sentir os chuviscos na cara. Maravilhoso!!!!; 22 de janeiro de 2009 às 21:26
A. João Soares disse...: Há quem se lamente das variações meteorológicas, e há os vocacionados para o prazer e a felicidae que contemplam os pormenores agradáveis e se sentem felizes com a neve, a chuva, o granizo, etc. Há quase 50 anos estava num clima com trovoadas belíssimas, e enquanto uns se encolhiam receosos, eu tirava fotografias a relâmpagos que cruzavam o espaço em todos os sentidos.
Abraço
A. João Soares; 22 de janeiro de 2009 às 22:18
lélé disse...: A chuva é boa de sentir, mas com este frio e vento, torna-se desagradável...

(Fenix, fiquei tão sensibilizada com o que me fizeste, malandra! Vieram-me as lágrimas aos olhos!... Obrigada.); 22 de janeiro de 2009 às 23:18
Unknown disse...: Bem... li calmamente este post e fiquei a sonhar por uns breves momentos... normalmente fugimos da chuva e ela sabe tão bem quando cai no rosto e nos transporta para uma sensação de paz... sobretudo quando se trabalha num local sem janelas ou luz natural....

De repente, fui invadida pela Inveja... :) tou a brincar.....

Beijinhos; 23 de janeiro de 2009 às 11:17
Devaneante disse...: é por isso mesmo que raramente uso chapéu de chuva...; 23 de janeiro de 2009 às 12:32
Fenix disse...: legivel,
Os sorrisos cehgaram cá…, estou a sorrir com as tuas palavras…
:-))))
Estás perdoado pelo atraso e aqui vai o agradecimento…
Obrigada a ti e à lélé!..., que te enviou para aqui!!!
:-))))
Volta sempre
Abraço
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António Sabão,
:-)))))
Repito: A Natureza é uma maravilha!!!
:-)))))
Beijinhos
Volta mais vezes…
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mfc,
Não há nada como uma alma lavada e fresca!
Beijinhos
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Paula Raposo,
É mesmo!
É pena é que muita gente não veja isso e faça mais para a destruir do que para a desfrutar.
Ou a desfrute de forma destrutiva e egoísta…, o que vai dar ao mesmo…, destruição.
Temos que insistir mais na sua defesa.
Beijinhos
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Ana Matias,
Obrigada pelos parabéns!
Obrigada pela visita!
Foi a primeira, mas espero que haja muitas mais!
Obrigada pelo comentário!
Beijinhos
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Maria Clarinda,
Muito obrigada pelos parabéns…, de aniversário e do blog!
Fico muito contente que os meus visitantes gostem e se sintam bem nos meus espaços.
Quanto à chuva quente e forte, com relâmpagos de fazer estremecer o chão, o cheiro à terra molhada…, sei bem o que isso é…, e também tenho muitas saudades!!!
Nasci e vivi em Moçambique até quase aos 12 anos!
Beijinhos
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Ana Martins,
Nem eu…, se me tirassem isso acabaria por contrair alguma doença do foro psiquiátrico!
Beijinhos
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Lita,
:-)))))
Beijinhos
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A. João Soares,
Amigo!
Fez-me sorrir de saudade.
Ainda não há 50 anos, há menos, eu vivia num clima assim.
Nasci e vivi em Moçambique até quase aos 12 anos.
Em poucas horas assistiam-se a todas as estações do ano…, céu azul e Sol radioso, de repente um vento forte que trazia nuvens negras e trovoadas de rachar os céus!
Dentro de casa, saltavam faíscas das caixas de derivação eléctricas com as descargas de energia dos relâmpagos!
Chuva forte e daí a pouco…, tudo cessava e voltava o céu azul e o Sol radioso!
Cresci com aquelas trovoadas!
Ia para a porta da sala, que era toda em vidro, olhar para o exterior e assistir ao espectáculo da Natureza!
Não havia TV e ainda bem!
Abraço
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lélé,
Amiga!
Ainda bem que gostas-te!!!
:-))))
Quem agradece sou eu…
Obrigada!
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A Menina do Regador de Sonhos,
:-))))
Como confessaste (a inveja) já não é uma coisa má…
Realmente é doloroso trabalhar num ambiente desses…
Espero que consigas rapidamente mudar de espaço.
Beijinhos
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Devaneante,
Pois…, acho que já cá tinhas dito qualquer coisa desse género…, num comentário a outro texto meu.
E eu volto a dizer o mesmo…
“Quem anda à chuva molha-se”
:-))))
Beijinhos

Fenix; 24 de janeiro de 2009 às 18:13

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Há muito mais para ver no arquivo deste blogue e nos meus outros blogues.

Aqui já em baixo está a lista de todas as mensagens deste blogue agrupada por temas. Para quem gosta do que vou escrevendo em verso têm os Versos meus (com rima) e os Versos meus (sem rima). Para quem queira saber mais acerca de mim tem os Pedaços de Vidas Reais , etc.

Lá mais abaixo está o arquivo das mensagens deste blogue ordenadas por datas, a começar pelo princípiu, em Novembro de 2008. Foi um renascimento pois existiu (entre Julho e Outubro de 2008) um blogue que foi apagado.

Sinta-se convidado(a) a ver, ler, comentar.
Recebo e leio todos os comentários. Mesmo às mensagens antigas.

Seja bem vindo(a)!
:-)))

Homenagem a

Alexandre O’Neill

«Mesa dos sonhos»

Ao lado do homem vou crescendo
Defendo-me da morte quando dou
Meu corpo ao seu desejo violento
E lhe devoro o corpo lentamente
Mesa dos sonhos no meu corpo vivem
Todas as formas e começam
Todas as vidas
Ao lado do homem vou crescendo
E defendo-me da morte povoando
de novos sonhos a vida.

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Eça de Queirós

em "As Farpas" 1871

O país perdeu a inteligência e a consciência moral.
Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada.
Os caracteres corrompidos.
A prática da vida tem por única direcção a conveniência.
Não há princípio que não seja desmentido.
Não há instituição que não seja escarnecida.
Ninguém se respeita.
Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos.
Alguns agiotas felizes exploram.
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia.
O povo está na miséria.
Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.
O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo.
A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências.
Diz-se por toda a parte: o país está perdido!"

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Fernando Pessoa

ANÁLISE

Tão abstrata é a idéia do teu ser
Que me vem de te olhar, que, ao entreter
Os meus olhos nos teus, perco-os de vista,
E nada fica em meu olhar, e dista
Teu corpo do meu ver tão longemente,
E a idéia do teu ser fica tão rente
Ao meu pensar olhar-te, e ao saber-me
Sabendo que tu és, que, só por ter-me
Consciente de ti, nem a mim sinto.
E assim, neste ignorar-me a ver-te, minto
A ilusão da sensação, e sonho,
Não te vendo, nem vendo, nem sabendo
Que te vejo, ou sequer que sou, risonho
Do interior crepúsculo tristonho
Em que sinto que sonho o que me sinto sendo.
Fernando Pessoa, 12-1911

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Nem Sempre Sou Igual

Nem sempre sou igual no que digo e escrevo.
Mudo, mas não mudo muito.
A cor das flores não é a mesma ao sol
De que quando uma nuvem passa
Ou quando entra a noite
E as flores são cor da sombra.
Mas quem olha bem vê que são as mesmas flores.
Por isso quando pareço não concordar comigo,
Reparem bem para mim:
Se estava virado para a direita,
Voltei-me agora para a esquerda,
Mas sou sempre eu, assente sobre os mesmos pés
O mesmo sempre, graças ao céu e à terra
E aos meus olhos e ouvidos atentos
E à minha clara simplicidade de alma ...

Alberto Caeiro
O Guardador de Rebanhos

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Luis Vaz de Camões

Amor é...

Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?