O Renascer da Fenix: A dor que me aperta o peito

domingo, 15 de fevereiro de 2009

A dor que me aperta o peito

A dor que me aperta o peito
Que eu não enjeito
Vem-me do coração
A lágrima de comoção
Que me tolda a vista
Diz-me que resista
Ao vazio da saudade
Que viva a amizade
Que acarinhe a esperança
E a boa lembrança
Que ame ainda mais
E esqueça os meus ais
Que olhe a beleza
E esqueça a frieza
Que adore o Sol
Quando há sol
Que ame a chuva
Quando o tempo é de chuva
Que ame cada flor
Com o mesmo calor
Que ame cada criatura
Com a mesma candura
Só olhando o bem
Poderei estar bem!

Fenix
(STP)

(escrito em cinco minutos, em 2009-02-15, num assomo de forte dor nostálgica)

12 comentários:

Lita disse...: Tão bonito... como tu és! :); 15 de fevereiro de 2009 às 13:32
Pelos caminhos da vida. disse...: Bom dia!

Vim agradecer sua visita e tb por se tornar seguidor do meu espaço,obrigado.

Gostei daqui tb.

Esse selinho A Casa da Mariquinha,ganhei tb mas lá no meu espaço não ficou assim como aqui(nuvens andando).

Otimo domingo pra vc.

beijooo.; 15 de fevereiro de 2009 às 13:32
mfc disse...: Quando se diz o que nos vai na alma... diz-se tudo!
(E disseste-o d euma forma linda)

PS - Lá no Pé... erraste duas...!; 15 de fevereiro de 2009 às 17:47
Paula Raposo disse...: E em 5 minutos ou breves segundos se escreve o que nos vai cá dentro. Beijos.; 15 de fevereiro de 2009 às 21:08
Unknown disse...: Minha linda amiga,
muito lindo todo este sentir nostalgico!!!!

"Sorri sempre mesmo que o teu sorriso seja triste, porque mais triste que o teu sorriso triste, é a tristeza de não saber sorrir!"

Beijinhos,
Ana Matyins; 16 de fevereiro de 2009 às 00:30
Fenix disse...: Lita,
Obrigada…, derretes-me com mimos…
Beijinhos
----------------------
Pelos caminhos da vida.,
Obrigada pela visita!
Volte sempre.
Beijinhos
----------------------
mfc,
Obrigada pelo elogio!
Quanto aos erros… :-))))
O objectivo era só rir…
Beijinhos
----------------------
Paula Raposo,
É isso mesmo!
E depois de deixarmos sair, de desabafar, fica-se melhor…
Beijinhos
----------------------
Ana Martins,
Obrigada amiga!
Pelo comentário e pela motivação!
De facto…, sorrir sempre é um dos meus lemas!
E só quando estou só me entrego as estas tristezas. Quando estou acompanhada, em especial de pessoas que gosto, tenho sempre um sorriso. Quem me conhece sabe que digo verdade.
Beijinhos; 16 de fevereiro de 2009 às 00:40
vieira calado disse...: Estou consigo!

Bjs; 16 de fevereiro de 2009 às 03:45
Devaneante disse...: Votos de boas melhoras... ;-) Espero que a "aspirina poética" tenha feito efeito :-); 16 de fevereiro de 2009 às 09:49
Fenix disse...: Vieira Calado,
Obrigada!

Bjs; 16 de fevereiro de 2009 às 11:55
Fenix disse...: Devaneante!

... "aspirina poética"...

hehehe
Muito engraçado!
Sim, fez efeito, obrigada!
Mas as palavras amigas dos comentários ainda fazem mais... ;-)

Beijinhos; 16 de fevereiro de 2009 às 11:57
Mariazita disse...: Muito lindo, este poeema.
E contém tantas verdades!
Tantos e tão bons conselhos te dá essa "lágrima de comoção".
Ela etá com a razão.

Beijinhos, minha querida.
Mariazita; 16 de fevereiro de 2009 às 23:19
xistosa, josé torres disse...: Penso que não foi uma dor a apertar-lhe o peito, mas o sair da amargura para as agruras da vida, do dia a dia, dos pequenos momentos que por vezes são avassaladores.

É engraçado que os melhores poemas saem-me de repente, por vezes a "bater-papo" pelo Gmail.
Agora foram-se ... e
Olhe, gostei, desde que se adore o Sol e haja Sol!; 17 de fevereiro de 2009 às 03:26

Enviar um comentário

Subscrever: Enviar feedback (Atom)

Chegou ao fim das mensagens desta página?
Gostou do que viu?
Há muito mais para ver no arquivo deste blogue e nos meus outros blogues.

Aqui já em baixo está a lista de todas as mensagens deste blogue agrupada por temas. Para quem gosta do que vou escrevendo em verso têm os Versos meus (com rima) e os Versos meus (sem rima). Para quem queira saber mais acerca de mim tem os Pedaços de Vidas Reais , etc.

Lá mais abaixo está o arquivo das mensagens deste blogue ordenadas por datas, a começar pelo princípiu, em Novembro de 2008. Foi um renascimento pois existiu (entre Julho e Outubro de 2008) um blogue que foi apagado.

Sinta-se convidado(a) a ver, ler, comentar.
Recebo e leio todos os comentários. Mesmo às mensagens antigas.

Seja bem vindo(a)!
:-)))

Homenagem a

Alexandre O’Neill

«Mesa dos sonhos»

Ao lado do homem vou crescendo
Defendo-me da morte quando dou
Meu corpo ao seu desejo violento
E lhe devoro o corpo lentamente
Mesa dos sonhos no meu corpo vivem
Todas as formas e começam
Todas as vidas
Ao lado do homem vou crescendo
E defendo-me da morte povoando
de novos sonhos a vida.

---------------------

Eça de Queirós

em "As Farpas" 1871

O país perdeu a inteligência e a consciência moral.
Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada.
Os caracteres corrompidos.
A prática da vida tem por única direcção a conveniência.
Não há princípio que não seja desmentido.
Não há instituição que não seja escarnecida.
Ninguém se respeita.
Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos.
Alguns agiotas felizes exploram.
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia.
O povo está na miséria.
Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.
O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo.
A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências.
Diz-se por toda a parte: o país está perdido!"

---------------------

Fernando Pessoa

ANÁLISE

Tão abstrata é a idéia do teu ser
Que me vem de te olhar, que, ao entreter
Os meus olhos nos teus, perco-os de vista,
E nada fica em meu olhar, e dista
Teu corpo do meu ver tão longemente,
E a idéia do teu ser fica tão rente
Ao meu pensar olhar-te, e ao saber-me
Sabendo que tu és, que, só por ter-me
Consciente de ti, nem a mim sinto.
E assim, neste ignorar-me a ver-te, minto
A ilusão da sensação, e sonho,
Não te vendo, nem vendo, nem sabendo
Que te vejo, ou sequer que sou, risonho
Do interior crepúsculo tristonho
Em que sinto que sonho o que me sinto sendo.
Fernando Pessoa, 12-1911

---------------------

Nem Sempre Sou Igual

Nem sempre sou igual no que digo e escrevo.
Mudo, mas não mudo muito.
A cor das flores não é a mesma ao sol
De que quando uma nuvem passa
Ou quando entra a noite
E as flores são cor da sombra.
Mas quem olha bem vê que são as mesmas flores.
Por isso quando pareço não concordar comigo,
Reparem bem para mim:
Se estava virado para a direita,
Voltei-me agora para a esquerda,
Mas sou sempre eu, assente sobre os mesmos pés
O mesmo sempre, graças ao céu e à terra
E aos meus olhos e ouvidos atentos
E à minha clara simplicidade de alma ...

Alberto Caeiro
O Guardador de Rebanhos

---------------------

Luis Vaz de Camões

Amor é...

Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?